“Naquele tempo, João estava de novo com dois de seus discípulos e, vendo Jesus passar, disse: “Eis o Cordeiro de Deus! ” Ouvindo essas palavras, os dois discípulos seguiram Jesus. Voltando-se para eles e vendo que o estavam seguindo, Jesus perguntou: “Que estais procurando? ” Eles disseram: “Rabi (que quer dizer: Mestre), onde moras? ” Jesus respondeu: “Vinde ver”. Foram, pois, ver onde ele morava e, nesse dia, permaneceram com ele. Era por volta das quatro da tarde. André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram as palavras de João e seguiram Jesus. Ele foi logo encontrar seu irmão Simão e lhe disse: “Encontramos o Messias (que quer dizer: Cristo). ” Então André conduziu Simão a Jesus. Jesus olhou bem para ele e disse: “Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cefas” (que quer dizer: Pedra). ”
Evangelho segundo João 1, 35 – 43
Colóquio com nosso primeiro amor.
Senhor, meu Amado! Na minha vida eu já escolhi tantas coisas…
Escolhi os meus amigos, meus estudos e tudo aquilo de que eu gosto ou que acho útil.
Mas para ser teu discípulo, foste Tu que me escolheste, Senhor: Tu me escolheste desde o ventre de minha mãe, Tu me viste, olhaste nos meus olhos, sondaste o meu interior e me quiseste para Ti. Sou como os discípulos de João, ouvi alguém que me falou: “Este é o Cordeiro de Deus!”
Quem foi que me fez essa indicação?
Pode ter sido o pobre que encontrei naquela esquina e que me ofereceu o rosto faminto e até mesmo enfermo; talvez o conselho de um amigo ou colega de trabalho, quem sabe também minha mãe, quiçá meu pai; talvez a leitura de um bom livro, ou alguma experiência dolorosa…
Meu Amado Jesus, eu tenho certeza de que em cada pessoa e em cada circunstância, a voz era tua. Agora que eu aprendi a descobri-la, não posso me equivocar.
Quantas vezes me chamastes e eu não percebi! E como é que eu ia poder perceber?
Estava preocupado com tantas coisas; tão distraído e distante; envolvido em meu mundo exterior…
Mas quando Tu amas alguém, és perseverante e até mesmo obstinado. Insistes, persegues, sabes esperar e escolher o momento oportuno.
Tu me amaste, Senhor, e é inefável começar a Te amar sem jamais cessar; porque quando alguém Te conhece, jamais Te abandona. Amamos na vida tantas coisas, tantas pessoas, mas o maior amor de todos é apaixonar-se pelo Amor…
Eu também me uno aos discípulos de João, e com eles, eu Te Seguirei.
Eu Te seguirei com tudo o que sou, levando em minhas costas a pesada bagagem da minha vida, com as amarguras e as derrotas, as alegrias e as vitórias.
Jesus, meu amor, eu te pergunto: “Onde vives? ” – “Vinde e vede. ” Será que nesta tua resposta está escondido um mundo de promessas? Parece que Tu queres dizer: “Não te arrependerás, eu te abro o meu coração para que possas te refugiar nele e encontrar aquilo que tens buscado desde sempre. ” Teu lado atravessado sobre a cruz é uma porta aberta para eu entrar e encontrar a felicidade verdadeira.
Obrigado, meu Amado, por teres me chamado, obrigado por teres me buscado, obrigado por teres me escolhido. Eu sei que o teu amor por mim não vai acabar. Não quero que um dia o meu possa Te faltar. Sem dúvida, sei que te amar não significa simplesmente sentir compaixão por Ti. Sei que te amar significa, sobretudo, carregar a cruz contigo, se possível for, por vós, por seu reino, por amor a Ti, me sacrificar. Sei que será muito bonito, mas bem por isto muito comprometedor. Encontrarei obstáculos, talvez, alguns fracassos… Tu experimentaste todas essas coisas, e sabes quanto desgosto é causado quando os homens não acreditam, não entendem ou não aceitam.
Senhor, meu tudo, ajuda-me a não me desalentar, e sim a perseverar; faz-me sentir todo dia o gozo da luta; enche-me de espírito de sacrifício e do desejo de ser fiel a Ti; faz que eu me aproxime de Ti e da tua Igreja, como o sedento de uma fonte de água fresca. Então todo jugo será mais leve, e qualquer ameaça me será mais suportável.
Eu sei, Amado meu, que sem Ti nada posso fazer. Te amo.
Marcos Antônio Ferreira, 1º ano da configuração. 